quinta-feira, 30 de março de 2017

Planejamento de aula sobre feudalismo

No dia 30/03, em conjunto o grupo optou pela confecção de um mapa feudal para compreender os principais elementos do feudo e as relações de poder . Este seria composto de castelo, senhor feudal, igreja, instrumento de trabalho, servos e legendas. Os educandos fariam em uma folha individualmente seu feudo, acompanhando a confecção do professor e dos pibidianos que farão um grande feudo exposto no quadro.
Abaixo as figuras que serão usadas para a confecção do Feudo.









quinta-feira, 23 de março de 2017

Renascimento

O Renascimento foi um movimento artístico, cultural e cientifico que marcou a passagem da Idade Média para a Idade Moderna, o renascimento trouxe novos temas e interesses científicos e culturais para a época. Porém ele não pode ser considerado uma ruptura radical do mundo medieval.

·         Características do Renascimento:

§ a valorização da cultura greco-romana, como paradigma no plano intelectual e artístico;·     

§ a glorificação do homem, o qual foi colocado no centro de tudo (antropocentrismo);·        

§ a busca de um padrão intelectual que transcendesse as fronteiras nacionais(universalismo);

§ a importância da Natureza e de seus fenômenos;·       

§ o racionalismo e o espírito crítico, que se traduziram na adoção da observação e de métodos experimentais. O racionalismo é um marco histórico característico do Renascimento, embora não seja exclusivo dele.


·         Relação com a burguesia e o individualismo:
·         Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia, que floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em voga.

§  As cidades italianas e o mecenato
·         A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza,Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio, onde a intensa circulação de riquezas e ideias promoveu a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até mesmo algumas famílias comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas. A profissionalização desses renascentistas foi responsável por um conjunto extenso de obras que acabou dividindo o movimento em três períodos: o Trecento, o Quatrocento e Cinquecento. Cada período abrangia respectivamente uma parte do período que vai do século XIV ao XVI.


§  Períodos do Renascimento:
·         Trecento: 
§  Transição da cultura medieval para a renascentista;
§  Mistura de vários temas da vida com a religiosidade;
§  Língua italiana nas obras literárias;
§  Humanismo presente nas obras literárias e artes plásticas;
§  Aspectos da cultura grego-romana na literatura;
·          Quatrocento:
§  Presença de aspectos da cultura grego-romana, principalmente do considerado pagonismo;
§  Financiamento dos mecenas a artistas;
§  Pinturas a óleo;
§  Ápice da Arquitetura, Literatura e Artes plásticas;
§   Procura da perfeição nas pinturas;
§  Mistura do moderno com o clássico.
§  Cinquecento:
§  Temas religiosos;
§  Humanismo presente na literatura, pintura e esculturas;
§  Expansão do renascimento para a Holanda, Espanha, Portugal, França e Alemanha;
§  Enfraquecimento do movimento na Itália.


§  Principais artistas renascentistas
§  Leonardo da Vinci (1452-1519)
Considerado um dos maiores gênios da história da humanidade, Leonardo da Vinci foi pintor, escultor, engenheiro, cientista, escritor e inventor italiano.
Nascido no vilarejo italiano de Anchiano, Leonardo foi uma das figuras mais importantes do Renascimento, de forma que contribuiu para a produção intelectual e artística da época. De suas obras destacam-se: “Última Ceia” (Santa Ceia) e “A Gioconda” (ou Monalisa).

§  Michelangelo Buonarroti (1475-1564)

Pintor, escultor e arquiteto italiano, Michelangelo nasceu na cidade de Caprese, região da Toscana.
Foi um dos maiores representantes da arte renascentista e, sem dúvida, sua maior obra foi a pintura da abóboda da "Capela Sistina", na Catedral de São Pedro, em Roma.
O artista passou quatro anos (1508-1512) pintando o local, que agrupa cerca de 300 figuras, das quais se destaca: “O Juízo Final”. Na escultura, suas obras mais representativas foram: “Pietà” e a “Escultura de Davi”.

§  Rafael Sanzio (1483-1520)

Ao lado de Leonardo da Vinci e Michelangelo, Rafael formou a tríade mais importante dos grandes mestres da arte italiana da Renascença.
Pintor italiano nascido na cidade de Urbino, inovou as técnicas de pintura, ao utilizar contrastes de luzes e sombras.
Ficou conhecido por suas diversas “Madonas” (mãe de Jesus), das quais se destaca: “Madona e o Menino Entronados com Santos” (1505).

§  Donatello (1368-1466)

Além da tríade dos principais representantes da Renascença, Donatello foi um importante escultor italiano do período, nascido em Florença. Introduziu novas técnicas artística ao utilizar diferentes materiais para compor suas esculturas, tal qual, mármore, bronze e madeira.
Seus trabalhos mais representativos são: a escultura de “São Marcos”, em Florença, e “Gattamelata”, na cidade de Pádua.

§  Sandro Boticcelli (1445-1510)

Pintor e desenhista nascido em Florença, Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, mais conhecido por seu nome artístico, Sandro Boticcelli, foi um dos pintores mais proeminentes da Itália renascentista.

Em suas obras, abordou temas religiosos e mitológicos, donde se destacam: “A Primavera” e “O Nascimento de Vênus”.



Referências

Mudanças no PIBID

No dia de hoje tivemos a troca de coordenadores do PIBID de História. Agradecemos ao professor Ramon Tisott, pela sua parceria e pelo comprometimento ao longo desses meses, damos boas vindas a professora Eliane Cardoso e esperamos continuar realizando um bom trabalho. Neste dia também recebemos duas novas integrantes Alessandra Cardoso e Daniela Prestes no lugar de Eduardo Petrini e Luana Berraza.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Primeiro contato com a E. E. E. M. Melvin Jones



No dia 06 de Março de 2017, fomos até a escola Melvin Jones para o primeiro contato com as turmas e o próprio ambiente escolar.

Tivemos contato com alguns professores e, após observar parte da aula que estava sendo dada pela Professora Fabrícia, fomos apresentados pela turma. Nos apresentamos e falamos um pouco sobre qual a finalidade do projeto e um rápido comentário sobre como foi nosso trabalho do ano anterior. Tivemos este primeiro contato com apresentações de cada aluno, onde falavam nomes, idade, tempo de escola e tinham mais espaço para falar o que esperavam do projeto, o que gostam e o que não gostam de trabalhar.

Após esse primeiro contato, fomos conduzidos para uma visita aos espaços externos da escola. Durante o período que tínhamos livre ficamos na sala dos professores juntando observações e anotações que tivemos durante o contato com a escola e as turmas e começamos a colocar no papel as ideias que podiam vir a ser trabalhados nos próximos encontros.

No encontro tivemos a presença dos bolsista Anderson Boppsin, Diuliane de Castilhos, Erick Porto e Fernanda Dinarowski.



quinta-feira, 2 de março de 2017

Leitura do livro: Casa Grande e Senzala




Casa Grande e Senzala – Gilberto Freyre

Casa Grande e Senzala foi lançado em 1933, momento em que o Brasil sofria significativas transformações iniciadas em 1930, como o agravamento da crise econômica, levantes militares e revoltas.
O livro foi desenvolvido com o olhar do autor de homem branco e senhor. Por mais que a presença do negro tenha sido exaltada, ainda transparece sua cultura patriarcal e sua posição social, pois este tempo foi muito difícil para a maioria dos brasileiros, principalmente para o negro.
Conhecido por seus vários capítulos sobre a sexualidade do Brasil Colonial. É importante a descoberta de Freyre de que a fama brasileira de promiscuidade sexual não é derivada dos indígenas nem dos negros vindos da África, mas sim do europeu, pois ambos não eram muito sexualizados e tampouco possuíam a malicia dos povos europeus.
Com a falta de mulheres brancas para os colonizadores a miscigenação foi inevitável, o casamento entre mulheres indígenas e homes branco foi incentivado pela igreja, mas com negras vindas da África não, pois a eles o acesso ao sacerdócio era vetado. A igreja também não teve grandes preocupações com a educação de mestiços e negros.
Escolas eram raras e existia pouca educação religiosa isso foi desencadeado a partir da criação de crianças brancas, negras e mestiças no mato. Nesse quesito, Freyre mostra uma das raízes da violência na sociedade. O menino branco da Casa-Grande era ensinado desde a infância a ser insensível com os animais e com todos aqueles que considerassem inferiores, ou seja, os negros e os mulatos. Violência está que o seguiria durante a vida adulta, principalmente contra as mulheres, o sentimento de posse em relação à mulher foi herdado pelo homem patriarcal.
Freyre não romantiza o sistema colonial brasileiro, mas sim, busca uma compreensão do sistema escravocrata da época. Com um ar poético, o livro exalta a contribuição das três raças que formaram nosso caráter, mostrando que não foi a miscigenação brasileira que nos deixou com muitos de nossos problemas atuais, mas sim a escravidão e sua mentalidade, ainda presente em boa parte do Brasil contemporâneo.
Acredito que este livro poderia ser usado como base para aulas no ensino fundamental, pois o mesmo nos traz uma nova percepção da formação de nossa nação, poderia se trabalhar com a elaboração de árvores genealógicas dos educandos, pesquisas a respeito da culinária, vestuário, religião, doenças trazidas pelos portugueses durante a colonização e com elaborações de painéis que possam representar a vida das pessoas naquela época, existem inúmeras possibilidades de uso.

Referência Bibliográfica: 

 FREYRE, G. Casa Grande e Senzala. 50ª. ed. São Paulo, 2005.

Publicado por: Maiara Oliveira


Os Mecanismos da Conquista Colonial


Durante o recesso escolar, optei por estudar à invasão e conquista da América. Para isso, realizei a leitura do livro intitulado Mecanismos da Conquista Colonial, do autor Ruggiero Romano.

Na primeira parte do livro, é discutido a série de fatores que culminaram na conquista da América, abordando de maneira interpretativa as vantagens bélicas, quase sempre limitadas a fatores geográficos onde as batalhas ocorreram. É destacado aqui, a importância da aliança entre europeus e indígenas durante o período de conquista, principalmente quando se tratava de batalhas empreendidas a exércitos regulares, ou seja, as grandes civilizações pre colombianas.

Em seguida, disserta sobre a imposição cultural exercida pela religião católica e seu impacto na estrutura político religiosa extremamente fechada em que essas civilizações se encontravam. As diferenças entre os povos conquistados, as epidemias, tudo isso é analisado e discutido durante a primeira parte do livro. Oferecendo assim, uma rede onde cada fator desencadeava um outro, destacando que todos os mecanismos eram interligados e dependentes.

Para entender as motivações dos espanhóis, é feita uma breve análise da raiz do pensamento hegemônico dos conquistadores. Observando que suas ambições, preconceitos e princípios advinham das suas sociedades de origem e da condição econômica da Europa no período. O grande numero de nobres que não possuíam terras e nem perspectivas de adquirir posses na terra natal, segundo o autor, foi a motivação para que viessem tantas expedições particulares para o recém achado continente. Romances de cavalaria permeavam o imaginário desses homens através de saborosas narrativas que exaltavam a bravura e a honradez de homens corajosos em terras pitorescas.

Traçando paralelos entre a colonização na América e a Europa medieval, o autor recorre aos feudos para explicar as propriedades concedidas aos conquistadores e a seus filhos. Deixando claro para os leitores que o capitalismo europeu não visava substituir o sistema de exploração de indígenas. Mesmo após as disposições reais, que em teoria buscavam criar um mercado de mão de obra assalariada, as mudanças jamais chegaram a ocorrer efetivamente visto que permitia forçar o indígena a produzir se o mesmo o recusasse. Gerando um conflito ainda maior, precarizando as condições de trabalho e ainda, posteriormente, criando mecanismos de endividamento.

Por fim, o autor considera e problematiza o sentimento de "latinidade", falando sobre sua origem e sobre a sua ressignificação. Para que, segundo ele, não sejamos cúmplices de um prolongamento da conquista. Apontando assim, um tema para futuras pesquisas.

O livro proporciona ao professor uma importante ferramenta ao trabalhar o assunto. Além de servir como referencial teórico para a elaboração de aulas, pode se utilizar trechos e recortes importantes e ainda oferecer ao aluno contato com fontes históricas contidas no subtítulo documentos, estimulando a sua criatividade e senso crítico.


REFERÊNCIAS

ROMANO, Ruggiero. Os Mecanismos da Conquista Colonial: Os conquistadores. 3. ed. São Paulo: Perspectiva S.A, 1995. 126 p. Tradução de: Marilda Pedreira.