quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Os intelectuais na Idade Média


Os intelectuais na Idade Média - Jacques Le Goff

            Neste período de recesso escolar estive envolvida com a leitura do livro ‘Os intelectuais na Idade Média’ de Jacques Le Goff a fim de compreender alguns aspectos da época. No livro o autor fala do cotidiano estudantil do século XIII e não os teólogos que tinham influência naquela época (muitos livros tratam disso).
            O intelectual da Idade Média descrito, nasceu junto com as cidades no Ocidente com o desenvolvimento industrial, o comércio nos centros urbanos, onde os clérigos eram camponeses porque trabalhavam na terra, também eram soldados, administradores, juízes, grandes proprietários de terra ... O intelectual apareceu como um desses homens de ofício, constituindo um grupo social urbano, eles eram novidade em um período que isso era suspeitado.
O intelectual do século XII é um profissional, com os seus materiais - os antigos -, as suas técnicas - a principal das quais é a imitação dos antigos. Um homem cujo oficio é escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que, profissionalmente, tem uma atividade de professor e de erudito, em resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com as cidades. (LE GOFF, 1957, pág. 30).
            Nessa época, escolas e mercados apareciam junto com as cidades. Os mestres geralmente não eram sacerdotes e a teologia era apresentada como ciência.
            Ao longo do livro Le Goff fala de quatro intelectuais da época, Abelardo, Tomás de Aquino, Siger de Brabante e Wyclif.

            Acredito que trabalhar esse livro no ensino fundamental seria bem interessante se recortes fossem feitos. Mostrar a Idade Média desvinculada a ideia de Idade das Trevas, explicando, por exemplo, que foi necessária uma separação entre escola monástica (para os monges) e uma escola urbana, aberta para todos e refletir sobre as escolas hoje em dia fazendo algumas comparações. Mostrar aos educandos como eram as cidades e a mudança que aconteceu ao longo do tempo e utilizar o recurso de confecção de maquetes – metodologia dinâmica - para que pudessem visualizar melhor a transformação.
Referências Bibliográficas:
Os intelectuais na Idade Média/Jacques Le Goff; tradução de Marcos de Castro. – 2ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2006. 

Bolsista: Bruna Grizza